Objective:
A retrospective
cohort study was preformed aiming to verify the presence of
transient dysfunction of gas exchange in the
postoperative period of
cardiac surgery and determine if this disorder is linked to cardiorespiratory events.
Methods:
We included 942 consecutive
patients undergoing
cardiac surgery and cardiac
procedures who were referred to the
Intensive Care Unit between June 2007 and November 2011.
Results:
Fifteen
patients had
acute respiratory distress syndrome (2%), 199 (27.75%) had mild
transient dysfunction of gas exchange, 402 (56.1%) had moderate
transient dysfunction of gas exchange, and 39 (5.4%) had severe
transient dysfunction of gas exchange.
Hypertension and
cardiogenic shock were associated with the emergence of moderate
transient dysfunction of gas exchange postoperatively (P=0.02 and P=0.019, respectively) and were
risk factors for this dysfunction (P=0.0023 and P=0.0017, respectively).
Diabetes mellitus was also a
risk factor for
transient dysfunction of gas exchange (P=0.03).
Pneumonia was present in 8.9% of cases and correlated with the presence of moderate
transient dysfunction of gas exchange (P=0.001). Severe
transient dysfunction of gas exchange was associated with
patients who had
renal replacement therapy (P=0.0005), hemotherapy (P=0.0001),
enteral nutrition (P=0.0012), or
cardiac arrhythmia (P=0.0451).
Conclusion:
Preoperative
hypertension and
cardiogenic shock were associated with the occurrence of postoperative
transient dysfunction of gas exchange. The preoperative
risk factors included
hypertension,
cardiogenic shock, and diabetes. Postoperatively,
pneumonia, ventilator-associated pneumonia,
renal replacement therapy, hemotherapy, and
cardiac arrhythmia were associated with the appearance of some degree of
transient dysfunction of gas exchange, which was a
risk factor for reintubation,
pneumonia, ventilator-associated pneumonia, and
renal replacement therapy in the
postoperative period ...
Objetivo:
Estudo de coorte retrospectivo com objetivo de verificar a presença de disfunção transitória da troca gasosa no
pós-operatório de
cirurgia cardíaca e determinar se esse transtorno está relacionado a eventos cardiorrespiratórios.
Métodos:
Foram incluídos 942
pacientes consecutivos submetidos à
cirurgia cardíaca e
procedimentos cardíacos, encaminhados para a
Unidade de Terapia Intensiva, entre junho de 2007 e novembro de 2011.
Resultados:
A
síndrome do desconforto respiratório agudo foi observada em 15 (2%)
pacientes, 199 (27,75%)
pacientes apresentaram disfunção transitória da troca gasosa leve, disfunção transitória da troca gasosa moderada foi observada em 402 (56,1%)
pacientes e disfunção transitória da troca gasosa grave em 39 (5,4%). A presença de
hipertensão arterial sistêmica e
choque cardiogênico foi associada ao surgimento de disfunção transitória da troca gasosa moderada no
período pós-operatório (P=0,02 e P=0,019, respectivamente) e foram considerados
fatores de risco para essa disfunção (P=0,0023 e P=0,0017, respectivamente). A presença de
diabetes mellitus também foi considerada um
fator de risco para disfunção transitória da troca gasosa (P=0,03). Houve correlação entre a presença de
pneumonia e a presença de disfunção transitória da troca gasosa moderada em 8,9% dos
casos (P=0,001). A presença de disfunção transitória da troca gasosa grave foi associada a
pacientes que necessitaram de
hemodiálise (P=0,0005),
hemoterapia (P=0,0001),
nutrição enteral (P=0,0012), ou
arritmia cardíaca (P=0,0451).
Conclusão:
A presença de
hipertensão arterial sistêmica pré-operatória e
choque cardiogênico foi associada à ocorrência de disfunção transitória da troca gasosa
pós-operatória. Os
fatores de risco pré-operatórios foram
hipertensão arterial sistêmica,
choque cardiogênico e
diabetes. No
pós-operatório,
pneumonia,
pneumonia associada à
ventilação,
hemodiálise,
hemoterapia e
arritmia cardíaca foram associadas com certo grau de ...